28 de junho de 2012

Reclames do Plin Plin

Houve uma pausa. Brusca, né? Sinceramente, isso se deve boa parte ao motivo mais simples do mundo: não tem mais muito o que contar. A transição está feita. O emprego está conseguido. Na faculdade eu já me encontrava. A parte mais interessante, minha vida amorosa, eu preciso excluir momentaneamente da minha publicidade para dar-lhe a chance de funcionar. Então...

De qualquer forma, vou sempre passar aqui para contar algumas sensações atuais.

E as presentes são essas:

20 de junho de 2012

Do Outro Lado

Até esse mês, não havia rezado havia pelo menos 8 anos. Nunca fui uma pessoa de fé. Eu sei que há coisas além do que percebemos com os cinco sentidos. E note bem, eu usei a palavra "sei" e não "acredito", pois existe uma diferença entre pensar algo porque você se sente bem em pensar isso, e pensar algo porque você já teve provas. Independente disso, eu nunca acreditei na reza, no pedido, na comunicação direta. Da imploração. Até agora.

Autoginecofilia

Um termo polêmico criado por um cientista polêmico. Fomentado por preceitos demasiado limitados para falar da natureza humana e portanto, prejudicial à disseminação da compreensão, por outro lado apoia incondicionalmente o suporte médico e financeiro dos governos aos cidadãos transgêneros e, pior, que contêm uma porção inegável de verdade. E isso tem aplicação na vida de muitas trans que eu conheço. Vamos descobrir como?

Pera... confundiu tudo, né? Deixa eu melhorar isso.

19 de junho de 2012

Hormonização e Ereção

Essa é a grande dúvida de muitas trans (e parceiros de trans), então acho conveniente falar disso.

Eu fiz um exame de sangue completo em maio. Vejam esta seção:



15 de junho de 2012

Epitáfio da Sinceridade

Coragem é um conceito base para a sinceridade. É o principal remédio contra o preconceito. E o preconceito é o principal assassino da sinceridade. Nesse momento, morro.

Eu explico. A sinceridade, em seu sentido mais amplo, considero como a capacidade de revelar tudo a todos. E a maior prova de sinceridade é falar dos assuntos íntimos mais pessoais para as pessoas mais distantes. Meu blog tem esse preceito. Quem o frequenta, disso sabe. Meus e-mails carregam essa bandeira. Meu perfil no Facebook é pintado com essas cores. Mas era, não é. Hoje, enterro minha sinceridade. E esse texto é seu epitáfio.

13 de junho de 2012

Fantasia

A imaginação é mais do que um passatempo, é uma ferramenta de sobrevivência. Para fugirmos da realidade e alcançarmos novas altitude, impossíveis no plano real, nos utilizamos dela diariamente. Quem nunca sentou no fundo de uma sala de aula entediante e ficou imaginando como salvaria a todos se entrasse um atirador na sala? Ou como fugiria do ônibus caso ele tombasse para fora do viaduto que atravessa todo dia lhe levando para a faculdade ou trabalho?

A imaginação pode ser materializada e transmitida. Livros fazem isso há séculos, a TV faz isso há décadas e o computador, há anos. Ok, mais ou menos uns 30 anos. E a qualidade dessa materialização pode variar de um simples joguinho do facebook para uma trilogia enorme como Senhor dos Anéis ou uma série de jogos quase poética como Assassin's Creed. Mas tem um grupo específico de pessoas que leva isso a um nível completamente diferente.

Para Não Dizer que Não Falei de Flores

Terça-Feira, dia 12 de junho de 2012. Fim de expediente no trabalho novo. Um rapaz se posiciona ao meio da sala única e questiona em um tom levemente mais alto que o normal: "Mayra? Mayra?". Ele não me conhece ainda, assim como alguns outros. Afirmo ser eu, e ele responde "Tem uma surpresa pra você na recepção." Me direciono ao local já cozinhando uma certa apreensão no peito. Sabia, positivamente, que ia ser alguma vergonha. Eu estava certa. Ao chegar à porta da empresa, um entregador idoso de origem pobre segurando um enorme - e lindo - buquê de rosas. Primeiro, aquela sensação maravilhosa de acalento me sobe e desce o corpo todo. Me faz sentir amada, feliz, realizada. Conquistada. No momento seguinte, uma raiva amorosa. "Mô, tu fez isso de propósito." - Digo para mim mesma - "Como vou voltar pro escritório com essa coisa E-NOR-ME?!"

P&R: Mayra, como contar aos meus pais que sou trans?

PERGUNTA:

Mayra, como contar aos meus pais que sou trans?

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RESPOSTA:

Diretamente. O que eu quero dizer é para se fortalecer para uma conversa franca e objetiva. Mas há algumas formas de tornar a pessoa mais passível de acreditar em você e lhe apoiar.

11 de junho de 2012

Labutando

Isso mesmo, emprego. Trabalho. Colocação no mercado.

E esse é o resultado:


10 de junho de 2012

Outro Caso: Meghan

Gostaria de mostrar para vocês o vídeo da transição de uma trans que possuía um rosto marcadamente masculino e bastante pelos no rosto, além de uma idade razoavelmente avançada, mas que no final obteve uma aparência muito feminina. Isso é para aqueles que dizem não ter o rosto feminino o suficiente ou idade tenra o bastante para transicionar. Sabe, dona Paty?


Beijinhos,
MayB

9 de junho de 2012

P&R: Mayra, Será Que Sou trans?

PERGUNTA:

é o seguinte vou contar um pouco sobre mim:

Desde criança eu nunca me identificada com os meninos sabe, sempre brincava e tinha mais contato com as meninas, isso até hoje, pois me relaciono mais com elas...com o decorrer da vida fui tachado(a) várias vezes de GAY, e eu odiava isso do fundo do meu coração.

Nao sabia ao certo como me sentia sabe e sempre me sentia mal por algumas coisas serem restritas apenas a meninas e eu não fazer parte.

Sinto atração por homem(heteros daqueles bem machos)mas nao me permito jamais a ficar com um homossexual, nao é preconceito pois tenho varias amizades, mas é pq nao quero ser desejado como homem, e sim DESEJADA, ou seja, como mulher.

7 de junho de 2012

Agradecimentos à Dona Flávia

Acabaram-se as provas, pessoal. Assim sendo, voltarei a postar normalmente. E hoje começo pela última doação de roupas que recebi, no dia 19/05.

Vocês lembram da conversa que eu tive com uma amiga no Facebook, falando que primeiro ela criticou a Ariadna quando fez sua cirurgia facial, e que esse preconceito não tinha base e ela entendeu bem melhor quando aconteceu comigo? Ela se converteu de tal forma que saímos para bater papo e ela trouxe uma leva de roupa de uma amiga dela, que havia sido doada para mim quando minha história chegou a seus ouvidos. E o resultado eu mostro nas fotos a seguir.