- Mayra
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Crianças transgênerx em fase escolar. |
Uma reportagem recente do G1 conta como há uma crescente percepção sobre crianças, em fase escolar primária ou secundária, têm se identificado como variantes de gênero, seja se identificando com o gênero oposto ao sexo biológico, seja se identificando como posicionadx entre ou além das opções binárias.
Isso resulta em uma percepção maior sobre o fato em si - de que transgeneridade afeta crianças e pode tornar suas vidas infernais na ausência de suporte e compreensão - e suscita uma discussão da qual surgem soluções e conscientizações importantes, inclusive através da materialização de projetos de orientação à escolas e leias que protejam os direitos dessas pequenas pessoas.
A reportagem tem um tom um tanto otimista, que pode não condizer totalmente com a realidade atual mas, por outro lado, reflete os sonhos e desejos de um mundo justo para com todos os desviantes da heteronormatividade. Eu gostaria de chamar a atenção para uma estatística na reportagem: 41%. 41% dos entrevistados transexuais tentaram o suicídio em alguma parte de suas vidas. Claro, lembre-mo-nos que esse é um número vindo dos sobreviventes: aqueles derrubados pela pressão social e psicológica, as baixas da nossa guerra, não entram na matemática. Que tipo de mundo é esse onde discordar da opinião majoritária significa, mais ou menos metade das vezes, em sua própria morte? É uma pergunta retórica, obviamente. A humanidade sempre foi assim, com discordâncias políticas, religiosas, sexuais, teóricas, científicas. E é na luta para mudar isso que a identificação desses guerreiros precoces ajuda.
Pela sua sanidade, não leia os comentários de leitores no fim da página linkada.
Beijos
- Mayra