2 de junho de 2013

Evolução trazida pela nova geração

- Mayra

Crianças transgênerx em fase escolar.
Uma reportagem recente do G1 conta como há uma crescente percepção sobre crianças, em fase escolar primária ou secundária, têm se identificado como variantes de gênero, seja se identificando com o gênero oposto ao sexo biológico, seja se identificando como posicionadx entre ou além das opções binárias.

Isso resulta em uma percepção maior sobre o fato em si - de que transgeneridade afeta crianças e pode tornar suas vidas infernais na ausência de suporte e compreensão - e suscita uma discussão da qual surgem soluções e conscientizações importantes, inclusive através da materialização de projetos de orientação à escolas e leias que protejam os direitos dessas pequenas pessoas.

A reportagem tem um tom um tanto otimista, que pode não condizer totalmente com a realidade atual mas, por outro lado, reflete os sonhos e desejos de um mundo justo para com todos os desviantes da heteronormatividade. Eu gostaria de chamar a atenção para uma estatística na reportagem: 41%. 41% dos entrevistados transexuais tentaram o suicídio em alguma parte de suas vidas. Claro, lembre-mo-nos que esse é um número vindo dos sobreviventes: aqueles derrubados pela pressão social e psicológica, as baixas da nossa guerra, não entram na matemática. Que tipo de mundo é esse onde discordar da opinião majoritária significa, mais ou menos metade das vezes, em sua própria morte? É uma pergunta retórica, obviamente. A humanidade sempre foi assim, com discordâncias políticas, religiosas, sexuais, teóricas, científicas. E é na luta para mudar isso que a identificação desses guerreiros precoces ajuda.

Pela sua sanidade, não leia os comentários de leitores no fim da página linkada.

Beijos


- Mayra

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