O projeto parece interessante, obviamente focado em pessoas de origens de menor capacidade financeira e educacional, e pode ajudar no ponto que considero ainda mais importante: preparar o mercado de trabalho para nos receber, nos vendo como pessoas mais capacitadas, mesmo que inicialmente isso se deva pela entrada em vagas de menor remuneração e exigência.
Eu gostaria de pontuar somente uma questão da reportagem.
"— A ideia era atender apenas quem vivia da prostituição, mas nos surpreendemos com meninas que tinham formação em direito, psicologia pela PUC... diz Carlos Tufvesson, coordenador especial de Diversidade Sexual."
Até Tu, Brutus? Eu detectei três demonstrações de preconceito somente nessa frase, vindas logo de um coordenador da prefeitura que cuida de nossos assuntos. Primeiro de que prostitutas não possuem grau superior, segundo de que trans que possuem nível superior não existem ou não precisam do curso, e terceiro que os meninos trans... pera, que meninos trans? A reportagem em momento nenhum os cita. No entanto, isso é somente uma observação e não desmerece a iniciativa do curso nem denigre a pessoa como um todo, mas é importante notar o desconhecimento das fontes mais inesperadas.
Enfim. Se alguma das leitoras se inscrever no curso e participar das aulas, peço encarecidamente que converse comigo para que possamos publicar uma opinião de primeira mão sobre a organização. Melhor ainda, grave em áudio as aulas. Queremos saber exatamente do que se trata.
Beijos,
Mayra
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