24 de setembro de 2012

O Translesbianismo e o Gênero. E Obrigado.

Um vídeo! Finalmente. Nele, explico um pouco sobre a questão da orientação sexual de uma trans, sobre o uso do masculino e do feminino no tratamento conosco e... agradeço. Agradeço ao carinho e à força que tenho recebido desde o começo dessa empreitada.



Adicionarei, no entanto, alguns indivíduos de participação especial aqui. Em primeiro lugar, a menina maravilhosa que acompanha e apoia, de uma forma ou de outra, todo esse meu processo de transição: minha namorada linda. Em seguida, ao parente que possibilitou financeiramente isso, que apesar de ter pedido discrição, carrega minha gratitude eterna. Ao meu tio Ricardo, que me cedeu um lugar para ficar e toda a atenção e carinho durante meu procedimento cirúrgico em São Paulo. Ao meu amigo Léo, que durante anos e anos ouviu sobre meu mau humor e me aturou ranzinza e reclamona por não transicionar. A todas as meninas que me fizeram doações de roupas, acessórios e maquiagens e possibilitaram eu me vestir bela e confortável. Por fim, mas não menos importante, ao resto dos parentes e amigos que me aceitaram e convivem comigo sem problemas.

Beijinhos,
MayB

6 comentários :

  1. Pouca gente percebe que na verdade a identidade de gênero é descolada da orientação sexual. Do tipo "se você quer virar mulher é porque quer pegar homem" ou vice-versa. E não é bem assim. Pode ser que você realmente seja feminina. E goste do feminino. E – por que não? – namore o feminino.

    A identidade de gênero "só" vai dizer pra gente quem somos. Onde vamos. Do que gostamos para a gente. O que queremos ver no espelho. O que vamos e o que queremos expor.

    A orientação é mais "direta". Mas e as facetas? Se eu gosto de mulheres, eu aceitaria uma trans? Se eu gosto de homem, também aceitaria eu um trans? E um bigênero? E um neutrois?

    Como você disse, as pessoas vão ver um monte de coisas para entender. E se não quiserem entender, só vão ter desgosto na vida.

    Desgosto mesmo a gente tem de ter com governo mal gerido, governo safado, sacanagem, traição e outras coisas.

    O que é diferente, a gente pode tentar entender. E se a gente fizer parte desse diferente? E aí?

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    1. Perfeito =) todos nos fazemos parte do diferente, dependendo do que a pessoa que nos olha considera "normal". Como ninguem é igual a ninguém, detestar a diferença é detestar a propria condiçao humana.

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    2. Como dizem, "ih, tem medo de gay, provavelmente deve gostar da fruta". Quem desdenha quer comprar mesmo. Porque os gays para se assumirem precisam ser machos mesmo. Enfrentar toda a saída do closet (com glamour).

      Espero que iniciativas como a All Out funcionem. Tudo isso vai tornar o ambiente terráqueo mais fácil de se conviver. :)

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    3. Não conheço essa iniciativa o.o

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  2. Olá, Mayra! Acabo de chegar ao teu blog por um link postado no twitter e não consigo mais sair, socorro! :P

    Teus textos são excelentes, diretos e até divertidos, apesar do tema sério. Esse foi o primeiro vídeo que vi, e amei. A primeira coisa que pensei ao chegar no blog foi o lance da super(?)exposição, mas o fato é que teu espaço é um serviço de utilidade pública e você merece parabéns por ele.

    Nunca tinha ouvido falar de translesbianismo (como você mesma disse, a situação é rara), mas, pensando bem, faz mesmo todo o sentido. De outra forma, como explicar uma identidade de gênero diferente ainda em crianças, né, que nem chegaram à maturação sexual?

    Agora dá licença que vou voltar à leitura do blog. :)

    Sucesso!

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    1. Adoro quando fico sabendo de alguém assim, que ao mesmo tempo eu informo e entretenho =). Por favor, considere divulgar o blog para aqueles que pensa que o acharão interessante. Quanto mais pessoas lendo, mais pessoas entendendo e pacificamente convivendo ;)

      Beijinhos e boa leitura ;)

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